
O hemangioma infantil é uma vascularização exuberante na pele em forma de mancha ou tumoração, de coloração vermelha viva ou arroxeada. Surge em qualquer região do corpo, sendo mais frequente no rosto, na nuca e no couro cabeludo. É o tumor mais comum na infância e ocorre com mais frequência em meninas e prematuros.
A causa não é exatamente conhecida, mas estudos cogitam que tenha relação com proteínas fabricadas pela placenta durante a gravidez. Trata-se, felizmente, de uma lesão benigna que tende a regredir espontaneamente até os 10 anos de idade, sendo que em metade dos casos o tumor desaparece até os cinco anos.
Bastante comum em gêmeos nas primeiras semanas do nascimento, o tumor se apresenta geralmente como lesão única, passando por duas fases: a proliferativa e a volumosa/esponjosa – quando o hemagioma para de crescer, estabiliza e depois regride até desaparecer por completo.
Por ser benigno e ter regressão espontânea, este tipo de tumor normalmente não requer tratamento, mas é natural que deixe os responsáveis preocupados sobre a aparência dos pequenos, que pode refletir não apenas em desfigurações físicas como em problemas sociais e psicológicos. Porém, como as terapias têm efeitos colaterais muito fortes, a conduta mais adequada é acompanhar a evolução do hemagioma, já que não causa nenhum dano à saúde física. No máximo, no futuro a criança apenas apresente uma cicatriz, descoloração ou excesso de pele bem discretas do tumor.
Somente em casos de inflamação, sangramento ou aumento súbito de tamanho, o médico deve ser consultado. O tratamento também é indicado quando está localizado em uma região funcional, como olhos e nariz, atrapalhando a visão ou a respiração. Entre as opções estão: cirurgia, laser, criocirurgia com nitrogênio líquido, corticosteróides em infiltrações intralesionais ou via oral, imunossupressores de uso tópico e betabloqueadores. O método escolhido vai depender de cada caso.
Fonte: Medical Site